Faces da crueldade
por Endrigo Annystonwww.cenaaberta.blogger.com.br
Nas telenovelas atuais temos dois tristes exemplos de mulheres agredidas moralmente e fisicamente por seus maridos.
Em Ciranda de Pedra, Laura foi internada em uma clínica após sofrer de um tudo nas mãos do marido que faz a sociedade vê-la como uma louca e a priva de sua vida. Ela bem que tentou fugir de suas garras, e conseguiu por um tempo, mas logo voltou a ser tratada como um animal preso em uma gaiola.
O outro exemplo: a doce, porém, sofrida, Catarina.
As décadas são diferentes, mas Laura é muito mais atual que Catarina. Luta por seu amor fora do casamento, quer trabalhar, tem uma profissão. Já a outra...
A esposa de Léo vê o casamento como sua única conquista. O marido, os filhos, "são sua vida". Seria, se não fosse tudo uma mentira. Tudo ilusão.
Ela se permite apanhar, ser agredida moralmente das piores formas possíveis, e continua amando esse homem que a trata como uma mera empregada.
É tudo muito lamentável.
O caso de Catarina dá até pra entender entre aspas.
Quantas vezes não nos sujeitamos a certas coisas por amor? E até sabemos que deveríamos buscar coisa melhor, mas insistimos.
Contudo, jamais permitiríamos chegar ao ponto em que "vive" Catarina.
É triste. A gente já passa por tantos problemas fora de casa, e, em nosso lar, permitir esse tipo de violência? Por medo do que, de pedir ajuda? Medo do que os vizinhos vão dizer?
A sociedade infelizmente é muito preconceituosa, e, ao invés de ajudar quem é vítima desse tipo de situação, prefere o deboche.
Há tempos queria abordar com um espaço maior esse assunto. É triste pensar que existem pessoas cujas vidas são mais sofridas que as de Laura e Catarina.
Hoje existem delegacias de apoio à mulher, ONG´s que lutam por causas desse tipo, e de várias outras.
Ajuda, tem, o difícil, é procurar.
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